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Uma das maneiras de formalizar as diversas atividades profissionais liberais no Brasil é sendo um Microempreendedor Individual (MEI). Uma das vantagens de estar enquadrado nessa modalidade é poder ter seu negócio sem precisar ter faturamento ou giro de caixa. A categoria passou a vigorar em 2009 e hoje são mais de 8 milhões de pessoas que empreendem neste formato no país.
Além da facilidade cadastral, bastante simples, a taxa paga mensalmente também é acessível para que o empreendedor possa crescer e se destacar no mercado. É válido ressaltar que toda a organização financeira é bem-vinda, até mesmo em pequenos negócios, apesar de a contabilidade do CNPJ MEI ser bastante simples, podendo ser feita pelo próprio empreendedor, dispensando o gasto extra com contador.
Mas quais são então as dicas para organizar a contabilidade de um MEI?
DICAS PARA FAZER A CONTABILIDADE
Claro que se o microempreendedor puder contar com a ajuda de um contador, sempre será bem-vindo, visto que os processos financeiros muitas vezes são novidade, e muitas vezes é comum que – por não contar com o auxílio de um profissional – acabem pagando o percentual máximo no imposto de renda ou errem no preenchimento e envio das declarações.
Logo, alguns cuidados necessários são importantes quando se tem um CNPJ. Um deles, por exemplo, é fazer a organização da empresa, separando as contas da pessoa física e da pessoa jurídica, o que é um dos princípios básicos da contabilidade (princípio da entidade).
Para ajudar a simplificar alguns processos, é interessante que o MEI busque estudar sobre como preencher as guias, quais as melhores formas de gestão financeira para sua empresa, bem como, se possível, ter acesso à um sistema de gestão, que pode ser um ERP online, a fim de auxiliar no gerenciamento financeiro, cadastro de clientes, suporte especializado, emissão de notas fiscais, boletos bancários, entre outras funções. Além disso, dispor de um sistema de gestão também facilita na hora de comprovar renda e justificar gastos apresentados no Imposto de Renda.
ESPECIFICIDADES DA CATEGORIA
A contabilidade de um MEI exige alguns cuidados, como o preenchimento do Relatório Mensal das Receitas Brutas. Até o dia 20 de cada mês faz-se necessário preencher esse documento para manter o controle sobre o faturamento. O processo é extremamente simples e pode ser realizado 100% online, pelo Portal do Empreendedor.
Ademais, esse processo é importante para manter a organização inclusive para a hora de enviar a Declaração Anual Simplificada (DASN-SIMEI). É nesse momento que todos os relatórios são reunidos para chegar a um faturamento total. É válido ressaltar que, por lei, esse total não pode ultrapassar o limite de R$ 81 mil, que caracteriza a formalização como MEI.
E O E-COMMERCE PARA MEI?
Percebe-se que a categoria de Microempreendedor Individual tem crescido bastante no meio online. Além disso, lojas virtuais são formatos interessantes para quem quer começar a vender no e-commerce. Entretanto, faz-se necessário observar que alguns marketplaces não oferecem planos especiais para MEIs, isso porque muitas vezes é exigida a emissão de nota fiscal com chave eletrônica, opção essa não disponibilizada para quem é MEI. Porém, é possível sim empreender como MEI dentro do e-commerce, principalmente para quem já tem uma loja física e quer escoar o estoque.
Como dito anteriormente, um sistema de gestão é o primeiro passo para quem quer organizar seu negócio e facilitar seu processo de trabalho. No Brasil o cenário do e-commerce é interessante e cada vez mais promissor para empreendimentos digitais, por isso as perspectivas de crescimento do setor continuarão altas por muito tempo.
O retorno de investimento acontece em médio prazo e as chances de negócios se multiplicam com pequenas ações diárias. São muitos negócios brasileiros lutando pela boa reputação das suas lojas e marcas de venda online.